Escrevo em tom de luto, ao mesmo tempo que de gratidão pelos momentos que tive oportunidade de viver com este homem.
Este Sr. com quem sentei algumas vezes para falar de projetos e do que podiamos construir em conjunto, sempre abriu a porta, revelando confiança e abertura. Eu falava-lhe do constrangimento que tinha em lá ir só para utilizar a sala e ele dizia "Já lhe disse várias vezes que o espaço está disponível".
Ainda hoje por cá guardo uma caneca do Graça que ele me ofereceu.
É uma caneca com um simbolismo especial, de um lado um símbolo do Clube da Graça. Do outro uma frase do Ghandi :
"É muito importante que o homem tenha ideais. Sem eles, não se vai a parte alguma. No entanto, é irrelevante alcançá-los ou não. É apenas necessários mantê-los vivos e procurar atingi-los".
Do pouco que conheço dele, este era um homem com ideias fortes.
A Integridade era um deles de onde o conheci.
Possa esse espírito de entrega e serviço viver além do que se vê,
Do sentimento que não se observa
Da impermanência do estado de viver
Que se torna fluido
Como uma bola de ping-pong,
Ou ténis de mesa,
Que é jogada quais profissionais,
De um lado para outro,
A uma velocidade que não se vê.
Mas que se sente,
Numa mesa por arranjar
a última vez que a vi
A loucura toda de um só lugar
Que jaz, quais cartas jogadas na mesa
Quais cervejas e licores entre as 11 e a meia-noite.
Pois passava o Sr. Luís, sentando-se á mesa e convidando a subir.
Tem aqui o cabo e projector.
Depois é só apagar a Luz.
Bem-haja Sr. Luís,
Não há palavras que esmorecem
No momento que se não vê.
É flor, é Garra, é Divertimento.
É disponibilidade e acolhimento.
Estou-lhe agradecido, do coração
Por ter sido intermediário de levar para o terreno este projeto
Que uma noite era vento, noutra era acontecimento.
Bem-Haja,
Diogo